○Ego [3]

   No momento do desespero, vemos certas paisagens. Nuvens cinzentas intermináveis, nós mesmos à beira de um precipício, afundados em um pântano venenoso, caindo sozinhos em um buraco profundo, e assim por diante. Às vezes, sentimos que isso nunca será curado.



  Quando estamos desesperados, há poucos amigos com quem podemos falar sobre isso. O desespero só pode ser compreendido por aqueles que também o experimentaram. Quando estamos realmente sofrendo, não falamos sobre isso com os outros.


  Quando as coisas estão indo bem, ganhamos confiança e nos sentimos capazes de fazer qualquer coisa. Também nos tornamos mais inclinados a dar conselhos positivos a outras pessoas. No entanto, quando não conseguimos nos manter nessa onda, o ego perde confiança facilmente. Ações baseadas na confiança são frágeis. Uma mente tranquila que não está presa à presença ou ausência de confiança vem da mente vazia.


  Os eventos que ocorrem na vida são neutros, sem serem bons ou maus. São nossos pensamentos e memórias passadas que atribuem significado a eles.


  O ego divide entre inimigos e aliados, mas a consciência não faz distinções desse tipo.


  Quando estamos conscientes, não há pensamentos, então não há positividade nem negatividade. Às vezes, ações que parecem positivas podem esconder medo e ansiedade por trás delas. Quando agimos conscientemente, não há medo nem ansiedade.


  O ego está constantemente focado no exterior, observando atentamente as palavras e ações dos outros. No entanto, não presta atenção à sua própria interioridade. Portanto, quando ocorre um fracasso, tende a atribuí-lo à culpa dos outros. Isso resulta na falta de aprendizado e crescimento. Entrar em um estado de mente vazia significa olhar para dentro, para a interioridade. Quanto menos preso ao ego, mais propenso a considerar que a causa dos problemas está em si mesmo. Em outras palavras, é importante se autoexaminar, refletir, aprender e crescer.


  A resistência é uma das reações do ego.


  Quando se tenta mudar a personalidade de alguém, a outra pessoa percebe e seu ego resiste, tornando-se obstinada.


  Presos ao ego, tendemos a nos tornar centrados em nós mesmos. Mesmo quando somos advertidos por causar problemas a alguém, nos consideramos vítimas e não admitimos culpa. Portanto, lutar contra o ego do outro não faz sentido, apenas nos leva a fugir.


  O ego é teimoso e faz de tudo para não admitir a derrota e sempre buscar a vitória.


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