Além da intuição, existem momentos em que agimos ou temos ideias baseadas em julgamentos emocionais, hábitos de pensamento, desejos e palpites. Naquele momento, pode parecer que isso é intuição, mas, depois de um tempo e com uma mente mais calma, percebemos que não era. Nesses momentos também, antes de agir, é bom parar por um momento e alcançar um estado de mente vazia. A dúvida não é intuitiva. E se sentir natural avançar, avance; se sentir natural recuar, recue. Em momentos emocionais, como expectativas, raiva ou compaixão, quando não estamos em um estado de mente vazia, tomar decisões com base nessas emoções pode estar errado. Para entender o que é intuição e o que não é, é necessário acumular autoanálises, passando por situações semelhantes várias vezes e distinguindo se aquele julgamento foi baseado na intuição ou não. Isso torna mais fácil compreender o que é intuitivo.
A intuição e o equívoco são muito próximos.
Quando vivemos a vida seguindo o fluxo natural e deixando a vida acontecer enquanto estamos conscientes e seguindo impulsos puros, às vezes começamos a criar algo ou iniciar algo sem uma razão aparente. Depois de experimentar isso várias vezes, podemos vislumbrar vagamente o grande fluxo da vida e sentir que estamos nos preparando para o próximo passo. Dessa forma, ao alcançar a mente vazia, naturalmente enxergamos o caminho a seguir. Quando isso se torna comum, percebemos que a vida não é governada pelo desejo, mas sim um caminho unidirecional guiado pela intuição. Nesse estado, a consciência usa o ser humano como meio, e o ser humano vive como consciência, além do ego.
Ao observar calmamente a vida e manter a mente quieta, começamos a sentir que tudo o que acontece na vida está acontecendo da maneira como deveria acontecer. No estágio em que não pensamos assim, parece mera coincidência.
No estado de mente vazia, não há sensação de compreensão. Quando pensamos, há momentos em que compreendemos e momentos em que não compreendemos. Pensar leva à polarização. Bem e mal, existência e não existência, gostar e não gostar, e assim por diante. O universo materializa-se na consciência, embora a consciência não seja matéria, ela inclui o universo material. Quando estamos conscientes, não há bem ou mal, mas incluímos ambos. Nessa perspectiva, quando estamos conscientes, não há significado ou propósito na vida, mas incluímos significado e propósito. O pensamento é o retorno do ser humano, que está sendo controlado pelo ego, à origem da consciência, e para a consciência, esse retorno acontece sem razão aparente.
Uma das motivações para as pessoas se engajarem na consciência é quando a curiosidade natural surge espontaneamente. Além disso, há momentos em que eventos impactantes e repentinos ocorrem. Esses eventos podem ser de desespero, como a perda de algo importante, ou podem envolver sofrimento. Mesmo diante de um grande sofrimento inesperado na vida, é possível compreender posteriormente que foi um gatilho para perceber a consciência fundamental. A doença é um sinal de perigo emitido pelo corpo, oferecendo uma oportunidade para reavaliar a vida. Da mesma forma, o sofrimento na vida também é temporário, e serve como um gatilho para perceber a consciência em seu estado original, que está além das causas desse sofrimento.
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